quarta-feira, 30 de junho de 2010

CHAPTER 1 - Sente-se


Mãe, eu preciso falar com a senhora.
O que foi que aconteceu?
Nada, eu só preciso te contar uma coisa.
Humm, que cara é essa hein? É rápido? Porque eu to fazendo almoço, e se atrasar seu pai chega atrasado no trabalho.
Não mãe, é rápido, senta aí que eu vou falar.
Sentar? Pra quê? Você não disse que é rápido?
Senta aí mãe...

Com a mão no ombro de minha mãe fui encostando suas costas na cadeira de forma que a fizesse sentar-se bem lentamente.

Que foi? Fala logo.
Mãe, tá sendo muito difícil falar isso com a senhora, eu espero que a senhora me entenda.

Nesse momento eu me sentei na outra cadeira ao redor da mesa. Estávamos na cozinha. Minha mãe realmente terminava o almoço, pois às 14 hrs meu pai saía pra trabalhar. Almoçar às 13:30 hrs era sagrado.
Fiquei de frente pra ela. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas. Percebuia que minha mãe mudava sua feição ao me olhar. Ela queria tomar alguma atitude ou perguntar alguma coisa, mas continuava ali estática a me observar, como se soubesse o que eu tinha a lhe dizer, ou pelo menos imaginava. Respirei fundo e saiu.

Mãe, estou namorando.

CHAPTER 1 - Decisão

"Isso" já não saía da minha cabeça. Eles eram meus pais. Vivia com eles há 18 anos. Eles não podiam viver numa ilusão pra sempre; nem eu. Tinham que me amar sendo eu quem realmente era. Amar as pessoas tendo uma imagem delas de como queremos que elas sejam é fácil. Se eles assim me amassem seria "a pessoa mis feliz do mundo". Não podia mais esperar. Ficar com isso dentro de mim sem dividir com eles, sem saber como eles realmente reagiriam. Não cabia mais dentro de mim. Esse sentimento tinha que ser expresso e este era o momento. Talvez não o momento certo, mas o meu momento. Falaria primeiro com minha mãe, pois acreditava num apoio de sua parte. Depois disso aí sim iria encarar meu pai. Não imagino como ele reagiria.
Saí do meu quarto. Desci as escadas, passei pela sala até chegar na cozinha. Minha mãe estava lá. As palvras se formavam na minha boca, mas custaram a sair.

terça-feira, 29 de junho de 2010

PRÓLOGO


Olhamo-nos nos olhos
Tu sorriste e disseste que havia um lugar encantado;
Um jardim, e que me levarias a conhecê-lo.

Estendeste a tua mão.
Peguei nela e segui a teu lado; confiante.

Aquele portão dourado abriu-se,
E enquanto avançávamos por aquele jardim encantado,
As flores curvavam-se com um sorriso.

O sol brilhava em todo o seu esplendor.
E enquanto eu sonhava ao sentir-me aconchegado nesse paraíso,
Perdi-me de ti.

O vento uivou fortemente, a chuva começou a cair.
Apenas senti frio e uma tristeza enorme.
O jardim transformou-se numa selva.

Eu fiquei sozinho, em busca de uma saída.
O jardim encantado desapareceu.
No seu lugar ficou apenas uma imagem.

Dois seres,
Caminhando de mãos dadas,
No meio do colorido das flores.

SOLITÁRIO JARDIM


Solitário Jardim é uma obra minha pessoal. Já comecei várias vezes a escrever, porém nunca havia concluído uma obra... Nessa porém eu alcancei essa dádiva. Verdade é que eu nunca consegui publicá-la, porém é muito maior minha vontade de que as pessoas possam ler. É algo cru. Vou postar pouco à pouco e espero que gostem do que vão ler!!!!